Sunday, June 25, 2006

A vida é como profetizamos

Dizem que da desgraça dos outros é que se pode tirar maior proveito das horas de risos, certo?
Então, por favor, sintam-se a vontade para rirem por dias seguidos... Pretensão minha, retifico, minutos, segundos quem sabe, caso estejas passando por momentos difíceis assim como o meu. Porém se não está, aproveitem para extravasar.

Segundo dia de férias, hoje, me encontro às 9 da manhã, de cabelos molhados, a frente do computador, escrevendo sobre coisas que eu gostaria não ter que escrever, enfornada em uma sala lacrada e até segundo atrás, estava cheirosa. Isso sem contar com a presença de um Stranger no meu colo. Isso mesmo, um Stranger que anda tirando minha vida da rotina, não somente a minha, mas de todos os habitantes dessa casa, incluindo Brownish.

Engraçado, ontem, em conversa extra-oficial, cogitamos a idéia de amontoar um tantinho considerável de estrume, reunir em um balde, guardar por um tempo, após isso, literalmente chutar o balde contra o ventilador. Seria um tanto quanto diferente, uma vez que seria proposital.

Subo as escadas de meu prédio, para então repousar, o sono atrasado decorrente de alguns dias de insônia me deixa a ponto de irritar-me com minha própria sombra.
Sem muito barulho sigo direto para o quarto de Dona Cecília que encontra-se adoentada no exato momento. Tomou chuva, ficou gripada e com dor de garganta. E os votos de melhoras serão transmitidos a ela, caro e previsível leitor.

Ao entrar, deparo-me com um miado fininho vindo do banheiro. Droga, Stranger havia acordado. E eu que tentei não fazer barulho. Ótimo, 4 da manhã, eu feito zumbi, atirada no chão da suíte de minha mãe, cercada de ração, areia (com cocô, diga-se de passagem), leite, jornal, enfim, toda a parafernália que toda mãe bem equipada dispõe.

Vamos antes as apresentações:
Stranger, gatinho preto e branco com uma manchinha única no nariz, resgatado por mim e Dona Cecília em uma casa em Itapema.

Resumo: Indo para o supermercado na companhia de Dona Cecília, ouvimos um miado em pedido de socorro. Fomos investigar de onde vinha o grito desesperado. Não conseguíamos enxergar, porém, sabíamos que era um filhote de gato.

Após quase batermos no dono do Crepe Suíço que alegou ter ouvido o gatinho chorar POR 3 @$#%@%# DIAS, eu simplesmente, invadi a casa, pois era uma casa de veraneio, os donos eram de Porto Alegre. Enfim, pulei dois portões, no meio da chuva, avistei o gatinho, assustado, faminto, sozinho. Fizemos nosso primeiro contato, a braveza transpareceu, e logo comecei a lembrar de quando eu havia tomado minhas últimas vacinas, pois a mordida que eu iria levar era apenas questão de tempo, porém não iria sair de lá enquanto não pegasse o gato.

Diria que com esse meu instinto de salvadora da pátria, Magaiver teria muito a aprender comigo, deixei o super boy no chinelo =)

Salvamento concluído, levamos o gato pra casa, batizado de Stranger pelo fatídico fato de ser um estranho no paraíso PARTICULAR e EXCLUSIVO de Brownish, outro importante personagem nessa narrativa.

A primeira reação de Brownish foi de alegria ao perceber que nós havíamos trazido para ele um novo bichinho de pelúcias.
A agitação foi ainda maior quando ele percebeu que o bicinho se mexia sozinho e também emitia sons, sons os quais eram até então desconhecidos aos ouvidos apurados de Brownish.

Inconformado com a situação de não poder abocanhar o novo brinquedo, Brownish em ato de rebeldia e contestação, simplesmente lava a sala, ou melhor, do quanto da minha mãe até o final da sala, o nosso educado cachorrinho, foi deixando seu rastro de xixi pela casa INTEIRA. Vejam bem, de ponta a ponta da casa.
Imaginem o estado de minha mãe... imaginaram ?
Então, eu dando risada para não chorar, Brownish tomando esporro na sala, gatinho assustado, dando o bote em qualquer movimento mais brusco, telefone tocando, mensagem no celular (...) Enfim, a confusão havia sido armada.

Após algumas horas conturbadas, a paz voltava a reinar na casa das associadas à boa conduta.

Stranger se acostumou em casa, Brownish e Stranger sempre ficam em cômodos diferentes, não queremos arriscar uma briga de titãns. Porém, Stranger também se acostumou a dormir somente sendo assistido por mim ou Dona Cecília.

Dona Cecília virou mãe-babá do Stranger assim como eu virei saco de pancadas do mesmo, que adora morder minha barriga, arranhar meu pé e subir escalando minhas pernas ¬¬

Pois bem, voltando ao “causo” começado anteriormente, encontro-me na suíte de Dona Cecília, dando comida para o neném (nosso hóspede temporário, vale ressaltar), servindo de tapete, pra ele pisar, servindo também de poste ou sei lá o que, porque realmente o bichinho resolveu nos escalar. Arranhões por toda parte, assim como aquele cheirinho característico de cocô de gato.

Praticamente dormindo, resolvi chutar o balde (ah seu eu tivesse ficado mais atenta à conversa sobre chutar o balde, ventilador e tudo mais) em momento súbito de desespero, pego o gato que não queria dormir sozinho no banheiro, e o levo para meu quarto.

(...)

Diria que dormi o tempo suficiente para acordar na, perdoem-me a expressão, mas acordei literalmente na merda. Por todos os lados de minha cama, no travesseiro, no edredom, onde encontrei o foco, no lençol e lamentavelmente no meu cabelo.

E eu que reclamava por estar confusa sobre relações amorosas, futuro e tudo mais. Hoje realmente tive motivos para chorar caro leitor, isso logo pela manhã. O que ainda está por vir? Fiquem ligados, a qualquer momento notícias de última hora sobre um estranho no paraíso.

6 comments:

Anonymous said...

para comecar melhoras para dona cecilia =]...
como vc disse eh presivel...
e um pequeno comentario...
ta vendo soh...
vc sempre eh o foco =x
hahahahaha
bjos

Anonymous said...

eh... de qualquer modo... acho que isso serve pra vc ver que nada que é tao ruim que nao possa piorar... acho que se um gato fizesse isso comigo ele ia voar da janela do meu quarto... nao interessa se ela estaria fechada ou aberta, ia voar por la e pronto... gato tem uma boa resistencia a quedas, acho que uma do segundo andar ia ajudar ele a ficar esperto heheheh brincadeiras a parte, que coisa hein? na proxima o gato dorme sozinho no banheiro certo? melhoras pra sua mae tbm! bjs!

Anonymous said...

Antes de mais nada, acho ótimo Stranger estar fazendo todas essas estripulias com vcs... lembra da Sputnik????????????????????????????????? ou melhor, lembra dela comendo e/ou escalando meu cabelo??!?!?!?! ¬¬
Mas, Carol, caracas!!!!! As pessoas fazem uma boa ação dessas e é isso que elas ganham em troca?!?!?! putz... um tanto quanto desanimador...
Mas o que importa é o Stranger ter uma mãe...tão fofa que nem vc!!!!!
Tô começando a duvidar do "temporário" mas tudo bem...
Óbvio que ri muiiiiiiiiiiiiito da sua história, na realidade, não foi tanto da história, mas de imaginar sua cara...
Beijo, querida!!!!!
Boa sorte com o Stranger e com a doença da tia Cecilia...heuaehauehauehaue

Ronan said...

Abre aspas:
Nossa...

Bem estruturado ...
Bem familiar ...

Teu texto me inspirou acredita!??! Vou lah escrever no meu BLOG tb !
Fecha aspas.

Bom, posso escrever, mas postar, daí já são outros 500.

Ps: lembra da minha "apropriada colocação sobre strangers"? esse texto prova: Strangers só fazem "esterco". Nomezinho apropriado q tu arrumou =/

Beijos!

Anonymous said...

Não perco o próximo capítulo por NADA NESSE MUNDO!!!!! ahahahah VC tá ficando hilária menina! E muito divertida de ler. Bjs e sucesso! Suas férias prometem... tia Nil <><< Ah! E "melhoras pra sua mãe" rsrsrs smack!

Anonymous said...

Ta virando The OC, ja! Um estranho no paraiso...hahaha
Otimo nome pro gatinho, adorei!!
Acho uma delicia de ler seus textos! Sabe aquele texto que vai fluindo, e vc vai lendo, se divertindo, pensando, acompanhando, e quando ve: ahhh =( ja acabou!!!
hehehe continue escrevendo, viu lindona?! E tb nao perco o proximo capitulo por nd!!! hahaha
Beijao! Saudade!