Monday, June 11, 2007

Subtração...





Existem pessoas que nasceram para serem exclusivamente escravas. Sendo assim estão fadadas ao esquecimento para o resto de suas medíocres vidas.
Penso que é até contraditório dizer “suas vidas” porque na realidade, para mim, elas não vivem, mas sim subtraem da vida dos outros.

Conseguem se manter com os restos produzidos por caridosas e ingênuas pessoas, que por descuido, deixam escapar fragmento de bens que possam vir a interessar os escravos.

Restos de idéias, restos de alegrias, restos de tristezas, restos de arrogância, restos de inteligência, restos de orgulho, restos de motivações, simplesmente tudo é reaproveitado pelos famintos olhos que posicionam-se em caráter de alerta, sempre atentos ao primeiro vacilo.

Pessoas possuidoras desse tipo de índole sugam, por menor que seja, qualquer resíduo de inspiração que pessoas admiradas por elas, possam oferecer.

Queixam-se por serem subestimados, lamentam por não terem oportunidades, sofrem como a indiferença, invejam a astúcia alheia, usurpam o que não são delas por direito e lamentavelmente, furtam sonhos por desespero

Julgo que o eterno escravo dissimulado é uma criatura incompreendida devido a tamanha dedicação a si mesmo. Esse culto unilateral é visto pela sociedade como sendo uma atitude egocêntrica, uma vez que meros mortais foram educados a sempre dividir o que foi conquistado.

Figuras importantes no cenário mundial que estampam capas de revistas, indo das de fofocas as publicações sobre governos internacionais, também são integrantes da tribo dos chupins. O que diferencia ele dos chupins anônimos? O sobrenome e a astúcia.

Os dissimulados escravos chupins, padecem em uma vida surreal, tanto os anônimos, quanto os grandes notáveis. Suas vidas são construídas em cima de pequenas mentiras, que gradativamente tornam-se grandes falcatruas.

Toda e qualquer manifestação desse grupo social, é baseada e concretizada genuinamente no plágio. É plausível e justificável imitar. O Ato de copiar é o mandamento que rege e alimente a força desse movimento.

É valido o plágio de idéias, trabalhos, inventos, citações, amores, histórias, desventuras, personalidades, sentimentos, reações.

(...)

O que realmente não sei desvendar, logo não posso afirmar, é a maneira como um indivíduo torna-se um escravo chupim. Penso que está intrínseco em seu gene. Porém, a influencia de falsos conselheiros também pode contar como um adicional relevante. Assim como a preguiça pode também ser um fator crucial quando o indivíduo encontra-se sem saída, e julga escolher o melhor caminho, o plágio.

Cada um opta pelo estilo de vida que deseja seguir. Alguns traçam caminhos brilhantes, outros arrastam-se pela vida lamentando-se e assim deixam de viver. Outros passam à vida na sombra dos outros.
Determinadas escolhas, surtem efeitos imediatos, porém o veneno deixado como herança é irreversível.

Até onde vale a pena deformar um caráter para conseguir de forma ilícita um objetivo ostentado pelos outros, uma vez que o chupim, não tem sequer capacidade para arquitetar sua própria vontade.