Tuesday, November 21, 2006

Você ainda está se divertindo?

Estava minutos atrás concentrada em uma defesa sobre o papel da mulher na publicidade hoje e antigamente, trabalho de Filosofia que deverá ser entregue até o final dessa semana.

Hoje é terça-feira, poderei entregá-lo até sexta, porém, chego em casa todos os dias 12:30h, almoço correndo para não ter perigo de chegar atrasada no trabalho que começa às 14:00h. Chego em casa às 21:30h geralmente cansada, não pelas atividades que desempenho, mas afirmo que quase que inteiramente pelas agressões verbais que recebo, embora, sem medo de errar, eu sou uma pessoa que esbanja simpatia quando existe reciprocidade.

Dei uma pausa no trabalho para tomar um banho, bem quentinho, para tentar afastar de minha cabeça os pensamentos que insistem em atrapalhar meu raciocínio para o desenvolvimento desse trabalho de Filosofia, que hoje sendo terça-feira, julgo-me atrasada em relação aos progressos do mesmo.

No banho, penso bastante sobre meus fantasmas atuais e os passados (passados no sentido de não serem os mais recentes, pois o passado nunca me abandonou), penso que assim como os fantasmas passados, os atuais também se apaixonaram por mim, não sobrevivem mais sem meus comandos. Afinal, todos dizem que sou adorável. Todos se apaixonam por mim. Seria de se estranhar se eles me repudiassem.

Depois do banho, preocupada com o trabalho de Filosofia encontro-me novamente diante da tela do computador. As palavras fluem facilmente, é simples, é prazeroso, é doce, é vingativo, é perverso, é puro escrever. Escrever me faz bem. Sinto-me útil, viva. Através dos signos escrevo o que jamais ninguém poderá decifrar.

Porém, algo me impede de prosseguir com o trabalho, minhas preocupações sobrepõem as verdades que tanto preciso gritar, perdão, escrever.

Penso que em um jardim repleto de intermináveis variedades de flores, as mais “alegres” com cores mais vivas se destacam em relação às demais. Porém somente a que rouba seiva das mais próximas para poder por fim se tornar a mais alegre do jardim, é a que será devidamente escolhida para ser exposta como sendo um grande troféu.

Mas se as escolhidas padecem primeiro que as que continuam na terra, qual a vantagem de ser a mais bela? A mais colorida? A mais alegre?

Volto a pensar sobre o trabalho que terá que ser entregue até sexta as 11:30h.

Hoje percebi o real sentido de algumas palavras, reitero, sábias palavras, que me são proferidas diariamente, porém que nunca receberam o devido grau de atenção. Não cabe a mim transcrevê-las, minha simpatia e generosidade encontram-se limitadas, diria até estagnadas.

De que vale a surpresa, quando a existência não é desejada?

Para finalizar esse texto desconexo, ressalto que a consideração é uma **droga** necessária que nos faz cair, chorar de joelhos no chão, que amarga nossas vidas, que azeda nossos dias. Que bela surpresa? Surpresa, outra palavrazinha miserável e capciosa.

Vale lembrar que “eu nunca mudei, eu só não estou igual ao que conhece, não tente me entender, tente ver além do que passou....” NXZERO

Ela não é adorável? Não me refiro a música!
Tem um fio de cabelo branco aos 20 anos e passa géis contra rugas.


Lita

**Droga não foi exatamente a palavra que escolhi para descrever consideração, mas para causar menor impacto a meus olhos, resolvi substituí-la e enfeitá-la.

Friday, November 10, 2006

Uma bela de uma sexta feira.

É...
Existem dias...

Já percebeu que quando, após uma noite em claro, decorrente de uma insônia, o despertador não apenas toca, ele grita, berra, faz um escândalo, e o faz com esplendor.

Você assustado levanta-se atordoado, procurando de onde está vindo o som da sirene. Logo pergunta-se: Onde é o fogo?

A insônia em questão possivelmente se agravou porque com preguiça de levantar-me da cama resolvi tentei dormir com a cortina entreaberta. Resultado, o letreiro de Pizza Dom Giovanni em rosa e azul bebê, deram a meu quarto um ar de berçário, singelo e aconchegante, isso nos 40 minutos iniciais, porque lá pelas 2 da manhã, já estava arquitetando planos mirabolantes para destruir o letreiro “maternal” que mais me fazia lembrar um motel barato de beira de estrada. Quem sabe uma tijolada acidental arremessada do terceiro andar do prédio vizinho, ou quem sabe qualquer utensílio doméstico que eu pudesse alcançar e em posse de toda minha raiva, mirar, acertar e abater meu alvo.

Os sons dos carros pela janela profetizam que o trânsito “anda” ironicamente bastante lento. Logo, a solução é ir a pé para o trabalho. Mais saudável, menos estressante, menos riscos de ser assaltada.

Antes de sair de casa, escolho a dedo minha roupa preta mais carregada, aquela bem surrada também, onde até onde eu me lembre apenas coisas inusitadas aconteceram enquanto eu a usava.

Lembro-me da vez que alegre e radiante, após atravessar a rua do meu prédio, deparo-me com o homem de meus sonhos, penso logo que a em questão de segundos, minha vida pode ‘sofre’ uma positiva revira-volta. Eu não contava com um estratégico pombo mirando certeiramente minha cabeça, e conseqüentemente acertando em cheio. Já viu algum pombo que mirou e errou? Pois bem, eu também não. Escorre assim pelos meus cabelos recém lavados e enfim encontra minha camiseta preta, que em contraste com a sujeirinha provindo do pombo, ganha um destaque todo especial. Naquele dia foi por água abaixo possíveis conjecturas relacionadas ao meu futuro marido.

Retomando à minha perfeita sexta-feira, ainda em casa, mandei meu cachorro deitar, porque perdida em lembranças, acabo por me atrasar, não tendo assim tempo para levá-lo para dar uma simples volta no quarteirão.

Meu bem maior, meu cachorro vira-lata pura raça que me acompanha em minhas jornadas de insônias assistindo junto a mim filmes trash em canal aberto lá pela tantas da madrugada.

Atrasada, a solução então é ir de bicicleta para o trabalho. Exercitar os músculos em primeiro lugar. A pé nunca chegaria a tempo... o trânsito está quilométrico, o jeito é encarar a magrela.

Magrela de cor amarela que encontra-se encostada por anos no subsolo de meu prédio e que obviamente está com o pneu vazio.

Acordando o porteiro de modo sutil: “Ei, tu tens alguma bomba para encher o pneu da minha bicicleta”? “E anda rápido que eu estou atrasada”!

Com cara de poucos amigos o porteiro traz a famosa bombinha de ar.
Apressada, saio sem agradecer a “gentileza”. O que será que ele esperava? Um “muito obrigada”? Não fez nada além de sua obrigação! Me servir quando for solicitado.

Pelo caminho viajando meu olhar por entre as flores que irritantemente infestam e colorem meu caminho, distraída, bato de frente com o pneu no meio fio, e em slow motion voou por sobre... adivinhem? Um “magnífico” canteiro de flores rosas e azuis. Minhas cores favoritas... que instantaneamente me remetem a noite mal dormida de ontem ocasionada pelas mesmas cores que insistiam em entrar por entre as brechas da cortina nas cores azul e rosa.

Rápido e veloz levantei-me como um lutador que recebe um golpe, porém está disposto a não entregar a luta, após me levantar, meus olhos encontram os olhos do mesmo homem que presenciou o episódio do pombo. Envergonhada, aos trancos e barrancos e com o pneu um tanto quanto torto, sigo minha perigosa viagem sem olhar para trás.

Afinal, quem nunca levou um pequeno tombo na rua que destrua o primeiro canteiro.

Chegando em meu trabalho, pilhas de documentos atrasados em cima de minha mesa me esperam para serem analisados e despachados, assim como reclamações do chefe Mor são ouvidas por toda repartição. Pelo menos não ouvi meu nome sendo citado, diria até aclamado, como quando da vez que descuidadosamente entupi a cafeteira com meu brinco que durante o preparo do café, inusitadamente, caiu dentro da cafeteira, inundando assim a cozinha do escritório.

Após um exaustivo dia de trabalho, sem planos para curtir minha excepcional sexta feira de cão, resolvi pedalar de volta para casa, fazendo apenas um pequeno e rápido pit stop no cachorro-quente do Tio Zé.

Morta de cansaço e com o cachorro-quente coberto com catchup, nem me dei conta de que a milho do meu delicioso hot dog estava completamente estragado.

Mais do que ligeira, corri para casa, minha entrada em meu lar doce lar é triunfal, direto para o banheiro, e assim segue a noite, da cama pro banheiro, do banheiro pra cama, não foi preciso acender sequer uma lâmpada, o letreiro da Pizza Dom Giovanni iluminou cada um de meus passos.

Saturday, October 14, 2006

Mais um trabalho acadêmico


É ...

Até que trabalho direitinho sobre pressão ...
Fiz esse poema, sem musicalidade, como criticou minha digníssima professora de Português, que em hipótese alguma me concederia a honra de tirar uma nota 10 em sua disciplina.

Enfim, tive que fazer, não curti muito não.
Não consigo ser sucinta =/ Pq será né?
Não gosto de TER que rimar, de TER que fazer algo...

Nos meus textos pelo menos eu escrevo quando quero, sobre o que quero e sem preocupações!

Bom, esse foi o resultado...


"Inferno sobre a Terra".

Pensando sobre a magnitude do ser humano

Deparo-me com eterno dilema,
Por que ao invés da paz
A soberania humana profetiza a guerra?

Percorrendo territórios mundo a fora,
Constatei que além de devastações físicas e morais,
Havia também, espalhada por cada canto,
Imensurável dor sufocada no ar.

A indiferença e o conformismo

Tomam conta de tais lugares,
Que em meio ao sofrimento,
Simplesmente desfalecem gradativamente.

Por quanto tempo ainda teremos que rastejar
Suplicando pelo devaneio intitulada paz?
Quantos ainda terão de morrer
Heroicamente lutando por essa utópica fleuma?

Doses homeopáticas de tréguas mundiais
São ilusoriamente divulgadas,
Porém, do que vale enganar aos olhos,
Quando a alma inquieta denuncia logro?

Denominadas ironicamente como guerras santas,
Surpreendo-me questionando a validade de tal afirmação,
Se são santas, como então podem seus soldados morrer agonizando,
Esquecidos e jogados por sobre outros corpos?

Se realmente é um combate abençoado,
Porque então vidas inocentes são bruscamente arrancadas,
Gerações perpetuam sofrimentos e
Júbilos são arrebatados?

Quando mais precisamos do discernimento humano,
Não conseguimos ao menos
Encontrar a resposta
Para cessar essas intermináveis guerras.

Caberia a mim encobrir atrocidades,

Não as relatando nesse poema?
Seria como aprisionar uma alma
E por fim compactuar com monstruosa crueldade.

Wrote by Lita




Ahh... Nota 9,5 (devido a falta de musicalidade) ¬¬# (L)

Sunday, August 27, 2006

As Aventuras de Carol e Ana Volume II

Toda aventura que se preze tem continuação, e adivinhem só...

Eu + Ana + nossas inseparáveis bikes ... apenas uma diferença dessa vez, foram 2 DUAS bikes ....

Isso mesmo meus caros leitores, GANHEI UMA BIIIIKEEE !! Massa neh !?!? Tá, tudo bem... a mesma será paga em 30 suaves prestações, com a primeira entrada para dia 28 de Fevereiro, só depois do carnaval de 2007.

Nossa escrevi carnaval no meu Blog ... ui ... nunca pensei que escreveria esse tipo de palavrão =/

Enfim, nossa classe de Publicidade e Propaganda ficou encarregada de pesquisar sobre a população nativa da nossa região. Entramos em um consenso (espertas) e escolhemos a mesma localidade, assim poderíamos fazer o trabalho em dupla.

O próprio professor achou interessantíssima nossa atitude de escolher a localidade de Itapema. Mal sabia ele que escolhemos pela comodidade e não pelo “patriotismo”, mas enfim.

Felizes da vida pegamos nossas bikes e pé na estrada. Sem querer desapontar o leitor, mas não esperem uma história hilária. Perdi um pouco da vontade de escrever... Ainda to “curtinho” infelizmente o luto pela perda do Netto =/

Apenas contarei a histórias, sem grandes suspenses, sem grandes risadas.

Vamos a história, no começo tudo normal, eu na frente guiando o caminho, justo eu que moro aki há 1 ano apenas, Ana Amélia, moradora de Itapema por pelo menos 5 anos me seguindo, enfim, eu sendo a guia!

Lembrei-me dos tempos de Turismo e Hotelaria. Uiii ... eita... como pude fazer Turismo ... nossa ...

Tudo certo até o fim da ciclovia. PERIGOOO.... Nossa, inacreditável a quantidade de carros que circulam diariamente nos asfaltos de Itapema. E eu que achava que aqui era parado.

Terei que confessar ao leitor que estou adquirindo um novo e instigante sentimento, agora que obtive meu tão sonhado meio de transporte.

Não sou mais uma simples pedestre!

Tudo bem que tenho minha faixa especial, a ciclovia, porém existe SEMPRE uma faixa de pedestre em meu caminho! Aí, eu sendo uma menina responsável o suficiente hahahaha PARO para o querido pedestre passar =)

Tenho sempre em mente que um dia já fui pedestre, sei muito bem como é essa vida.

Com o fim da nossa faixa especial, e volto a dizer, totalmente DEDICADA AOS CICLISTAS, porém que conta com alguns intrusos, passamos então a desvendar um mundo até então inexplorado.

Ganhamos os asfaltos. Estávamos ali, lado a lado com caminhões, motos, carros, caminhões de lixo. A tensão pairou no ar, por todo o percurso, diria que sem exageros, devemos ter percorrido uns 3 km dessa interminável Route 66 highway.

O momento de maior tensão foi quando inexplicavelmente, tivemos que engatar uma 5º em nossas bikes para não sermos devoradas ou exprimidas entre um caminhão e um container estrategicamente posicionado entre a calçada e a pista.

Confesso que impressionei-me com tanta habilidade e dedicação, para nesse caso, não morrermos encurraladas e esmagadas por um caminhão.

Enfim vencemos nosso grande inimigo, e como nos filmes, eu, que liderava a aventura, virei a primeira direita que apareceu na minha frente. Enfurecidas, entramos exatamente na Beira Mar Avenida.

Dessa Avenida, que nos presenteava com uma inesquecível vista, até chegar na Ponte dos Suspiros, foi um sossego total.

Olhava para trás e avistava Ana Amélia em sintonia total com o Meio Ambiente, e eu ainda euforia por ter visto a morte a alguns quarteirões.

Vale lembrar que Dona Ana, embora estivesse em sintonia com o meio ambiente, praticamente colocou os bofes pra fora, pois sua resistência física, não era lá das melhores.

É, e eu que fiz a menina me carregar pela Avenida Nereu por km no Volume I. O arrependimento bateu nessa hora.

A volta para casa ocorreu sem grandes sustos. Apenas admiramos a paisagem e demos risadas lembrando do caminhão que quase nos massacrou.

Monday, August 07, 2006

Belos, deliciosos e perigosos morangos.

Um tanto quanto apressada, chego à VT (locadora onde trabalho “ocasionalmente” como quebra galho) e deparo-me com Ronan (meu chefe) e o Bacon (amigo do Chefe).

Dou uma olhada, supervisionada diria assim, pois me auto promovi a funcionária destaque do mês, onde além de minhas obrigações como atendimento, desempenho também a função de supervisionar o andamento da loja. Logo, observo, acrescento e às vezes critico construtivamente os funcionários que lá trabalham.

Dicas de atendendo são impostas, digo, sugeridas, assim como aulas de “como ser uma pessoa descontraída” são lecionadas pela pessoa que vos escreve aos assalariados que com uma impressionante dedicação as recebem de braços abertos assim como assimilam com tamanha presteza.

Enfim, bela e formosa, chego à VT no dia 25/07/06 por volta das 17h25min da tarde. Uma certa agitação contagiava a todos que estavam ao redor do balcão que fervia de pedidos, pagamentos, cobranças, entregas e devoluções de DVD’s.

Instantaneamente assumo meu posto de supervisora realizando assim a primeira inspeção do dia. Tudo nos conformes volto então a meus deveres de Funcionária - Severina (pau pra toda obra). Diria que além de compacta, sou multifuncional e modesta.

Bacon se despede, pois cá entre nós... eu sozinha ocupo um espaço imensurável, dificilmente conseguiria dividir um espaço, o qual já sou dona do pedaço.

Agitações a parte, eis que surge na porta da locadora um vendedor, segurando em seus fortes braços, belíssimas caixas de morangos. Admirada pude observar o gracejo com que o mesmo, com ar de nobre, envolvia as caixas contra seu corpo.

Meus olhos involuntariamente saltaram em direção aos morangos, que com o mesmo desejo, olhavam descaradamente para mim.

Não sei ao certo, mas cogitei a idéia de meu Chefe ter comprado 4 CAIXAS de morango impulsionado pelo medo de sua funcionária vir a atacar o vendedor dos não tão silvestres assim, morangos.

Faceira da vida e repleta de fome (grande novidade no universo da dona Carolina) resolvi em um ato de súbita prestabilidade, encaminhar os delicados morangos ao banheiro, para assim purificá-los para maior apreciação futura do mesmo.

O ato acima descrito foi literalmente súbito e instintivo, porque qualquer descuido, por menos que fosse, poderia acarretar em danos irreversíveis.

Endossando minhas palavras, revelo o fato do ato desesperado cometido acima, ter sido realizado único e exclusivamente por que alguns de meus funcionários não são tão bem instruídos sobre higiene alimentícia, logo, quando me dou conta, observo Ronan, sentando em um cantinho, comendo os morangos, sem lavar.

Com muito zelo começo a operação faxina nos morangos lindos e vermelhos. Tarefa realizada com sucesso. Ao sair, deixei a pia metade cheia, porque as sementes dos morangos meio que dificultavam a descida da água ralo a baixo.

Voltei então com os agora praticamente esterilizados morangos para degustação geral. Porém, antes os coloquei na geladeira, para que se tornassem ainda mais deliciosos.

Nesse meio tempo, voltei ao banheiro para lavar a faca e a pia.

(...)

Abro a porta com a delicadeza de sempre, coloco apenas meu pé direito para dentro do banheiro, sinto como se estivesse pisando em um tapete molhado. Acendo a luz.

(...)

Depois dizem que o pé direito é o que dá sorte.

Volto rápida e veloz me dirigindo ao balcão, e em um acesso incontrolável de riso, apenas olhei para o Chefe que com cúmplicidade ria de mim e para mim.

Após recobrar meus sentidos e o ar, apenas comuniquei ao Chefe que o banheiro estava submerso.

Olhando com cara de espanto e um tanto quanto instigado pela nova situação, pegou o rumo do banheiro e deparou-se com praticamente um Tsunami in doors, que havia inundado o banheiro.

Eu, logo ali atrás dele, rindo de soluçar, fui interrogada brevemente com uma simple pergunta:
-- Carol, que foi que tu fez aqui no banheiro?

Meu reflexo foi imediato, perguntando se ele estava bravo comigo e assegurando que não havia feito nada. Ele mais do que gentilmente, disse que não, agachou-se no chão e começou a limpeza.

Baldes e baldes cheios d’água foram retirados da banheiro. Isso sem contar no cheiro de fossa que impregnou no local. Um tanto quanto indagador esse cheiro, uma vez que eu apenas havia mexido na pia.

Observei então o Bacon passando pela entrada da loja, aquele amigo do Chefe, mais do que depressa o chamei e mostrei o fato. Sem pestanejar ele disse:

-- Gente, vocês não podem deixar essa menina sozinha. Olha o que ela fez em questão de segundos. Um perigo.

Depois de muito rir, Bacon se retirou da cena do crime, pois obviamente não queria chegar na casa de não sei quem com cheiro de fossa.

O movimento da loja não colaborou com nosso mutirão de limpeza, composta de uma pessoa só, Ronan.

Enfim, tive de abandoná-lo, porém sua solidão foi breve e interrompida por um nobre senhor, quem sabe seria ele detetive, fotógrafo, jornalista, enfim, que ocupou assim o tempo do nosso quase faxineiro nato.

Terminada a conversa simultaneamente com a faxina, o Chefe voltou, com cara de cansado, porém rindo. Comemos então os morangos, felizes da vida como se nada de grave tivesse acontecido. Ressalto que as mãos e os morangos estavam devidamente lavados.

Entre um cliente e outro eu me aventurava a fazer um sucinto resumo sobre meu mais novo feito e alegremente contava para eles. Comentários como: “Quanto menor a pessoa, maior o estrago”, ou “pequena, ardida, travessa” foram devidamente direcionados a minha pessoa.

Ao fechar a loja, o atendente da nossa filial, apareceu lá para deixar o caixa, e eu impulsivamente contei minha aventura. Rindo, o mesmo disse: -- O melhor é amarrá-la e deixá-la quietinha em um lugar, assim não representa riscos a ninguém.

Essa frase me remeteu instantaneamente às vezes que minha amável e pedagógica mãe pintava minhas unhas, instalava-me no sofá e mandava eu não me mexer, porque senão minhas unhas poderiam borrar. Submissa às ordens, passava eternos momentos (5 minutos no máximo) apenas movendos meus olhos, dando assim sossego à minha mãe.

Seria essa a solução para o perigo que ofereço a todos a meu redor?

Monday, July 24, 2006

O episódio do galo que voou.

Está decidido.
Resolvi colocar no papel o que há muitos anos venho apenas proferindo às pessoas mais próximas.

Palavras estão sempre soltas no ar, o vento facilmente as leva, muitas vezes também não são captadas pelo descuidado ouvinte, porém a escrita, ah a escrita, essa sim eterniza fatos tornando-os imortais.

Contarei sobre uma experiência impar, diria até que foi uma das mais esdrúxulas que já presenciei, e ressalto que não apenas presencie, vivi.

No auge dos meus 12 anos, com os cabelos soltos no mar de poeira que engolia a grande cidade de Casa Branca, eu, sendo uma típica pobre menina rica, que morava em uma chácara isolada de tudo e todos, sem amigos-cúmplices, porém com minhas inseparáveis super mãe e super mãe-preta. A distinção entre as duas são os fatores genéticos e sangüíneos, a super mãe, era realmente minha mãe, protagonista dessa história. A super mãe-preta, era e sempre vai ser a eterna Rosinha, moça que trabalhava em casa, sendo ela minha babá e catadora oficial de piolho, quando eu os tinha.

Abrindo um breve parênteses, estava eu outro dia cá a pensar com meus botões sobre o poder que meu sangue exerce. Não possuo um sangue, mas sim um chamariz poderosíssimo. Cheguei à conclusão de tal afirmação devido ao grande número de insetos, sem distinção de espécie, que adoram me infernizar e conseqüentemente, me picar.
Não foi diferente com os piolhos que embasbacados com tamanha nobreza, não resistiram e por diversas vezes, a mãe-preta teve de entrar em ação com suas longas unhas pintadas de vermelho que causavam-me tranqüilidade, deixavam-me um tanto quanto sonolenta e ainda resolviam o problema da infestação capilar.

Voltando a história inicial, um belo dia, a traquina criança que vos relata o fato inusitado, encontrava-se digamos assim, entediada. Sem ter com o que brincar, pois os brinquedos já se tornavam obsoletos para minha fértil imaginação. Tive então a brilhante idéia de em um jogo de minha própria autoria e até então de um só jogador, testar a tolerância e a submissão do rei do galinheiro, o Galo.

Defronte as grades do galinheiro com altura aproximada de uns 2 metros, eu com uma distância insignificante perante meu alvo, o galo, me posicionei estrategicamente para que pudesse observá-lo e conseqüentemente, imitá-lo. Estava face a face com aquele enorme galo azul de olhos amarelados.

A diversão temporária foi garantida, eu arrastava os pés para trás, ciscava o chão, cantava, corria de um lado para o outro, batia as asas, enfim, encarnei o papel da ave. Atenção meus amigos a essa informação: Ave.

Distraída com minha desenvoltura na arte de imitar, não me dei conta de que o galo decidido, com passos precisos e objetivos, aos pouco se distanciava de mim. Após perceber a distância percorrida pelo mesmo, parei e como em uma vitrine apenas observei o que estava prestes a acontecer.

Com uma das patas o galo roçou o chão e começou a correr em direção à cerca, logo, em direção a minha pessoa.

Incrédula de presenciar tal atitude desesperada tomada pelo galo, apenas ri, pois a certeza de que o mesmo daria com a cara na cerca, me garantiu um confortável lugar de apenas observar o início da decadência do rei do pedaço.

Vale lembrar que sempre houve uma implicância em relação ao nosso personagem.

Após discussão entre maiorais, conseqüentemente, a peralta mocinha ficou de fora, foi decidido que seria instalado um galinheiro em nossa chácara. Ocupando assim uma grande parte do quintal, quanto maior, melhor para o galo e suas galinhas. Meu espaço, minha pista, onde eu brincava de carrinho de carriola, foi ocupado por intrusos fedidos e que passavam o dia andando de um lado para o outro e ciscando o chão em busca de que? Minhocas?

Após ter recebido treinamento de como recolher os ovos, fui incumbida de coletar os ovos diariamente logo após que chegasse do colégio. Inicialmente nada fora do script. Tudo corria bem até o dia que com um pressentimento sobrenatural, estando eu dentro da casinha das galinhas, viro-me bruscamente para trás e deparo-me com o destemido galo me observando como se eu fosse algum tipo de invasor.

Com as pernas bambas, porém com agilidade suficiente par acorrer uma maratona, simplesmente em questão de segundos, atravessei o galinheiro inteiro sendo perseguida pelo também ágil galo tri-atleta. Os ovos que em minhas mãos estavam, acho que pelo caminho ficaram estatelados pelo chão.

Passado o susto, não me atrevi novamente a atravessar o território vizinho para quem sabe ser recebida com tanta hospitalidade pelo senhor do local em questão.

Feito um sucinto resumo sobre nossa apresentação e convivência, pude através daquela fatídica tarde, me vingar. Digo, temporariamente. Pois o pior ainda estava por vir, minha alegria durou pouco.

Exibindo seus dotes atléticos, correndo da mesma maneira citada acima, o galo se aproximava cada vez mais da grade, o que foi me causado certa aflição, diria um desconforto.

De repente, eu presenciei o até então inédito, voou do nosso galo azul. Simplesmente voou por cima da grade e direcionou suas esporas em direção a mim, especificamente dizendo, mirou minhas costas, por que nesse momento, eu não me encontrava no mesmo lugar do início dessa história. Ao constatar que o bicho, digo, ave, estava voando para me atacar, corri feito Forest gritando feito louca.

Com graça e tranqüilidade, o galo aterrizou no chão, agora do outro lado das grades que nos separava, e apenas seguiu seus instintos, foi atrás de seu alvo, a pobre menina rica e entediada.

Aterrorizada com os gritos ensandecidos, Dona Cecília, minha mãe biológica, apareceu no quintal com um semblante inesquecível, feição de quem estava indo salvar a pátria, não era bem a pátria, mas era a filha.

Munida com uma poderosa arma, uma vassoura, Dona Cecília ao se dar conta da conjuntura assistida, entrou para a maratona dos 100 metros, eu, liderando a prova, o galo logo ali, em segundo lugar me perseguindo ferozmente e Dona Cecília em terceiro lugar, meio perdida ainda, porém determinada a aniquilar o segundo colocado.

Em um ato heróico, minha salvadora acertou a cabeça do galo com sua versátil arma de combate, que desnorteado, desistiu de sua caça, abandonando assim a corrida. Exausta, corri para a varanda, me joguei em um banquinho e agradeci minha mãe pelo resgate e salvamento lendário que acabará de realizar.

Pude então constatar que o instinto materno transporta barreiras, supera obstáculo e enfrenta o novo, sendo ele imprevisível e imensurável para saber seus reais perigos.

Por mais essa magnífica atuação, meu grande ídolo, meu espelho, minha mãe, me ensinou que fazer o bem, não é uma qualidade, e sim algo intrínseco nas pessoas possuidoras de boa índole.

Sobre o galo, não se preocupem, muito menos nos denunciem à sociedade protetora dos animais, ele se recuperou instantaneamente, após ter sido devidamente recolhido e solto novamente atrás das grades. Penso que ele “entendeu” que para defender sua cria, os humanos também utilizam métodos um tanto quanto drásticos, porém, inquestionavelmente cometidos em nome do amor.

Wednesday, July 05, 2006

Apenas conjecturas sobre a escrita.

Nada mais clichê do que iniciar relatos comentando sobre a hora:

“São 2 da manhã, encontro-me diante do computador, entregue a uma insônia irremediavelmente sanguessuga e incontrolável” Blá, blá, blá...

Então.... clichê, porém de grande poder de interatividade.

Explicarei:

A partir do momento que tu expõe uma situação, onde pessoas que poderão vir a ler suas publicações possam vir a se identificar com tais fatos, BINGO! Ponto pra ti.

“Seu” leitor irá familiarizar-se com suas narrações assim como irá compreendê-la (supostamente) com maior rapidez e facilidade.
Logo, sua clientela, digo, leitores, aparentemente assegura-se por tempo indeterminado.

Prender a atenção das pessoas, utilizar palavras precisas, acertar o alvo do enredo, criar personagens e situações, comover, persuadir, enlouquecer (...) jogar (...).

Outro dia antes de pegar no sono, comecei a pensar, ou melhor, comecei a forçar minha imaginação para arrancar assim alguma inspiração. Senti-me pressionada por mim mesma. Parecia que o bichinho da ganância ou quem sabe o bichinho da superação havia me mordido.

Idéias e mais idéias, pensamentos eloqüentes, outros nem tanto, lembranças, misturas de realidade com imaginação. Enfim (...)

O fim dessa história? INSÔNIA e das fortes!!

Comecei a pensar que O cara (Machado de Assis), em suas publicações, cumpria prazos, e mesmo assim, magníficas obras, entre elas, lendárias crônicas foram esculpidas e deixadas como legado.

Triste perceber que para tudo nessa vida existe vocação e transpiração. Pior é se dar conta que a diferença entre elas no resultado final é incalculável e inexplicável.



Recados paroquiais:

Muito obrigada para todos vocês que lêem e comentam no meu Blog.

Sunday, June 25, 2006

A vida é como profetizamos

Dizem que da desgraça dos outros é que se pode tirar maior proveito das horas de risos, certo?
Então, por favor, sintam-se a vontade para rirem por dias seguidos... Pretensão minha, retifico, minutos, segundos quem sabe, caso estejas passando por momentos difíceis assim como o meu. Porém se não está, aproveitem para extravasar.

Segundo dia de férias, hoje, me encontro às 9 da manhã, de cabelos molhados, a frente do computador, escrevendo sobre coisas que eu gostaria não ter que escrever, enfornada em uma sala lacrada e até segundo atrás, estava cheirosa. Isso sem contar com a presença de um Stranger no meu colo. Isso mesmo, um Stranger que anda tirando minha vida da rotina, não somente a minha, mas de todos os habitantes dessa casa, incluindo Brownish.

Engraçado, ontem, em conversa extra-oficial, cogitamos a idéia de amontoar um tantinho considerável de estrume, reunir em um balde, guardar por um tempo, após isso, literalmente chutar o balde contra o ventilador. Seria um tanto quanto diferente, uma vez que seria proposital.

Subo as escadas de meu prédio, para então repousar, o sono atrasado decorrente de alguns dias de insônia me deixa a ponto de irritar-me com minha própria sombra.
Sem muito barulho sigo direto para o quarto de Dona Cecília que encontra-se adoentada no exato momento. Tomou chuva, ficou gripada e com dor de garganta. E os votos de melhoras serão transmitidos a ela, caro e previsível leitor.

Ao entrar, deparo-me com um miado fininho vindo do banheiro. Droga, Stranger havia acordado. E eu que tentei não fazer barulho. Ótimo, 4 da manhã, eu feito zumbi, atirada no chão da suíte de minha mãe, cercada de ração, areia (com cocô, diga-se de passagem), leite, jornal, enfim, toda a parafernália que toda mãe bem equipada dispõe.

Vamos antes as apresentações:
Stranger, gatinho preto e branco com uma manchinha única no nariz, resgatado por mim e Dona Cecília em uma casa em Itapema.

Resumo: Indo para o supermercado na companhia de Dona Cecília, ouvimos um miado em pedido de socorro. Fomos investigar de onde vinha o grito desesperado. Não conseguíamos enxergar, porém, sabíamos que era um filhote de gato.

Após quase batermos no dono do Crepe Suíço que alegou ter ouvido o gatinho chorar POR 3 @$#%@%# DIAS, eu simplesmente, invadi a casa, pois era uma casa de veraneio, os donos eram de Porto Alegre. Enfim, pulei dois portões, no meio da chuva, avistei o gatinho, assustado, faminto, sozinho. Fizemos nosso primeiro contato, a braveza transpareceu, e logo comecei a lembrar de quando eu havia tomado minhas últimas vacinas, pois a mordida que eu iria levar era apenas questão de tempo, porém não iria sair de lá enquanto não pegasse o gato.

Diria que com esse meu instinto de salvadora da pátria, Magaiver teria muito a aprender comigo, deixei o super boy no chinelo =)

Salvamento concluído, levamos o gato pra casa, batizado de Stranger pelo fatídico fato de ser um estranho no paraíso PARTICULAR e EXCLUSIVO de Brownish, outro importante personagem nessa narrativa.

A primeira reação de Brownish foi de alegria ao perceber que nós havíamos trazido para ele um novo bichinho de pelúcias.
A agitação foi ainda maior quando ele percebeu que o bicinho se mexia sozinho e também emitia sons, sons os quais eram até então desconhecidos aos ouvidos apurados de Brownish.

Inconformado com a situação de não poder abocanhar o novo brinquedo, Brownish em ato de rebeldia e contestação, simplesmente lava a sala, ou melhor, do quanto da minha mãe até o final da sala, o nosso educado cachorrinho, foi deixando seu rastro de xixi pela casa INTEIRA. Vejam bem, de ponta a ponta da casa.
Imaginem o estado de minha mãe... imaginaram ?
Então, eu dando risada para não chorar, Brownish tomando esporro na sala, gatinho assustado, dando o bote em qualquer movimento mais brusco, telefone tocando, mensagem no celular (...) Enfim, a confusão havia sido armada.

Após algumas horas conturbadas, a paz voltava a reinar na casa das associadas à boa conduta.

Stranger se acostumou em casa, Brownish e Stranger sempre ficam em cômodos diferentes, não queremos arriscar uma briga de titãns. Porém, Stranger também se acostumou a dormir somente sendo assistido por mim ou Dona Cecília.

Dona Cecília virou mãe-babá do Stranger assim como eu virei saco de pancadas do mesmo, que adora morder minha barriga, arranhar meu pé e subir escalando minhas pernas ¬¬

Pois bem, voltando ao “causo” começado anteriormente, encontro-me na suíte de Dona Cecília, dando comida para o neném (nosso hóspede temporário, vale ressaltar), servindo de tapete, pra ele pisar, servindo também de poste ou sei lá o que, porque realmente o bichinho resolveu nos escalar. Arranhões por toda parte, assim como aquele cheirinho característico de cocô de gato.

Praticamente dormindo, resolvi chutar o balde (ah seu eu tivesse ficado mais atenta à conversa sobre chutar o balde, ventilador e tudo mais) em momento súbito de desespero, pego o gato que não queria dormir sozinho no banheiro, e o levo para meu quarto.

(...)

Diria que dormi o tempo suficiente para acordar na, perdoem-me a expressão, mas acordei literalmente na merda. Por todos os lados de minha cama, no travesseiro, no edredom, onde encontrei o foco, no lençol e lamentavelmente no meu cabelo.

E eu que reclamava por estar confusa sobre relações amorosas, futuro e tudo mais. Hoje realmente tive motivos para chorar caro leitor, isso logo pela manhã. O que ainda está por vir? Fiquem ligados, a qualquer momento notícias de última hora sobre um estranho no paraíso.

Monday, June 19, 2006

Por te amar assim

“Por te amar assim, a felicidade é o meu destino”...
- CASTIGO, CAROL
- Opss, “Por te amar assim a felicidade é o meu castigo;
Por que tanto amor assim pra mim é proibido”?
- Será que tanto amor pra mim é proibido, CAROL!
Larissa, vamos de novo do começo, musiquinha complexa hein!?
Pura poesia, letra complicada... memória baixa de sua prima aki =)

Abaixo de um Sol de uns 37º mais ou menos, na nossa privativa Ilha Comprida, retiro único, inabalável e indestrutível.

A desatualizada, porém deslumbrada com a letra da música, Carol, que vos escreve, implora paciência, e que paciência, da prima mais nova, Larissa.

Uma personalidade impar em nossa família, poderia escrever inúmeros episódios, porém, não quero me estender demais, existem coisas que apenas são vividas para serem lembradas em nossas memórias iluminadas pelos holofotes do brilho de nossos olhos. E esses pequenos e singelos segredos eu me recuso a compartilhar.

Fugindo alguns instantes da história da música acima descrita, gostaria de fazer um pequeno parêntese, contando um pouquinho de como recebi a notícia de que eu seria “destronada” literalmente da posição que eu ocupava até então, a neta caçula.

Extremamente ligada a meus primos mais velhos, Dani e Marcos, eu liderando, sempre tive voz dominante, embora fosse a mais nova, porém era a que gritava mais, conclusão, chegar a liderança foi uma tarefa um tanto quanto fácil. Tínhamos uma cumplicidade invejável e tínhamos também um QG, que todas as férias era inaugurado em uma parte diferente da casa de nossa avó, devido as constantes reformas que Dona Dorcas inventava de fazer. Nosso clubinho era inabalável e unilateral, no sentido de não serem permitidos estranhos.

Eis que a notícia de que Tia Nilcea, aquela que eu tanto temia, a mais brava de todas, só de ver, jah me tremia toda! Então ... a própria estava grávida! GRÁVIDA!!!
Nossa... notícia bombástica. Tão bombástica que uma reunião de emergência foi convocada em Juiz de Fora-MG. Passei minhas férias em Minas, pq provavelmente a grávida do ano não poderia fazer grandes viagens e tal.

O ciúme pairava no ar....
Essas férias foram tensas...
Sem visitas a museus, sem gritaria, sem correr pela casa....
Era tudo censurado!
¬¬

9 meses se passaram, eis que o que eu mais temia aconteceu...
Nasceu uma menina...
E o pior...
Não que é deram a ela um belo nome “Larissa”.
Tio Joel todo orgulhoso explicava que era um nome Russo.

Pelo telefone foi transmitida e encaminhada a mim a notícia de que não somente o nome da guria era bonito, a própria também era linda, segundo fonte segura.

Logo me apeguei a possibilidade de ter havido algum ruído de comunicação ou então alguma intriga da oposição.

Cheia de segurança, entrei no carro e seguimos viagem para enfim visitar e conhecer a tão comentada chegada da nova priminha.

Chagando lá, deparo-me com uma cena lastimável....
Meu querido e mais fiel primo, Marcos Paulo, segurando com o maior zelo, Larissa em seus pequenos braços. Segurava-a com tanto amor, tanto carinho, tanto cuidado...

Confesso que meu mundo desabou em segundos.
Porém como não é de meu feitio esboçar reações ou sentimentos, consegui manter a postura e nenhuma suspeita foi levantada (ingenuidade infantil).

Cheguei perto e logo a pergunta que não queria calar foi indagada:
-Quer segurar sua priminha, Carol?

Hoje percebo o risco que essas pessoas loucas expuseram Larissa, se hoje em dia já sou jeitosa que só eu, imaginem vocês meus queridos há anos atrás!

Olhando atentamente primeiramente nos olhos de Larissa e posteriormente em seu semblante, pude enxergar de perto toda exuberância em seus suaves traços e o magnetismo que seus olhos transmitiam.

Se me enfeitiçaram? Digo que até hoje enxergo mágica em seus olhos todas as vezes que os vejo.

Não sei de onde veio a história de que Larissa possuía olhos de Jabuticaba, porém a veracidade dessa afirmação feita há tanto tempo atrás, segui firme e forte. E que belos olhos que essa menina é dona.

Eu conhecida como Carolina da perna fina e Larissa como olhos de Jabuticaba. Por que quando falavam de Larissa havia magia? Poesia?! E de mim, apenas constatações óbvias! Ciúúúúmes

De tempos em tempos nos encontrávamos. Minha feição por ela só diminuía a cada minuto em que eu passava junto dela. PQ?

Vou explicar....

E não é que a pequena notável resolveu me “pegar pra Cristo” e simplesmente passou a me te como ídolo Mor em sua vida? Eu dava um passo, em seguida, minha sombra, quero dizer, Larissa, repetia meu gesto. Por falar em repetir, foram MILHARES de frases e palavras repetidas por ela inspiradas em minhas palavras.

Logo começaram as reclamações:

-Mãe, a Carol não quer me deixar brincar!
-Mãe, a Carol fez isso...
-A Carol não me quer por perto.
-A Carol não gosta de mim.

Haja paciência de minha parte... Caro leitor.

Família revoltada com Carol, Larissa sendo a pobrezinha, Carol indignada e contando com um membro a menos em seu Clube, nessa altura do campeonato, Marcos Paulo já havia se bandeado para os lados de Larissa, fraca e oprimida!

Imaginem minha revolta! Com toda razão, diga-se de passagem, ¬¬

O tempo passou, eu com uns 15 anos de idade, Larissa com uns 11, passamos a nos entender um poukinho melhor. Já não brigávamos tanto assim, e cá entre nós, eu contava os dias para ver os olhos de Jabuticaba em terras amigas e passar horas fofocando sobre pretendestes e paixões platônicas.

Hoje em dia, lembro-me com saudades do tempo em que nos víamos constantemente nas férias de verão em Casa Branca.

Impressionante como eu amo essa menina que apesar de ter pego no meu pé por anos, conquistou de maneira indescritível esse coraçãozinho da prima que vos fala. E que tem que agüentar meus ataques de ciúmes e protecionismo relacionados a ela.

Não ganhei apenas uma prima, ganhei uma grande amiga.

O pequeno parêntese meio que foi uma retrospectiva hein?

Enfim, na tarde em que nos vimos em Ilha Comprida descrita no início da história, após um longo período sem nos ver, foi inesquecível. Primeiramente tomamos um torrão de Sol sem igual. Passamos a virada do ano feito dois camarões fora d’água. Outra, por que reafirmou nossa amizade para todo o sempre.

Olhos de Jabuticaba, essa é pra ti, meu orgulho, minha amiga, minha confidente, minha prima linda.


“Você ficou em mim dentro de minha alma
Feito uma tempestade que nunca se acalma
Amor que me pegou de um jeito inesperado
Teu nome é um grito preso na garganta
Te vendo acompanhada parecendo santa
E eu querendo ser quem está do seu lado
Será, do jeito que você quiser assim será
Mesmo que toda vida tenha que esperar
Eu ficarei guardado neste sentimento

Por te amar assim, a felicidade é o meu castigo
Será que tanto amor pra mim é proibido
Estou morrendo aos poucos por sonhar contigo
Por te amar assim, desejo a tua boca sem poder beijá-la
Desejo a tua pele sem poder tocá-la
E queimo de vontade a cada madrugad
aPor te amar assim, por te amar assim, por te amar....
Assim vou caminhando numa corda bamba
E sigo as tuas marcas feito tua sombra
Preso nesse amor que eu quero noite e dia
O tempo vai passando como vento forte
E eu aqui largado a minha própria sorte
Contando os segundos pra você ser minha”

Decorei a letra prima ! =)

Friday, June 16, 2006

Aquelas botas de combate.

Diferentemente dos outros textos que publiquei aqui, irei hoje escrever o que me vêm em mente, sem ponderar palavras, sem medo algum de retaliações.

Simplesmente escreverei o que meu coração mandar e o que meus olhos permitirem enxergar, pois nesse momento me encontro diante do computador aos prantos chorando e com a mente em um turbilhão de pensamentos que vão de encontro a uma só pessoa, Netto.

Escreverei sobre toda a revolta reprimida que se encontra em meu peito, todo sentimento que impensadamente guardei dentro de mim por semanas.

Possivelmente pessoas próximas a mim não chagaram a perceber que eu perdi um pouco de minha alegria. Às vezes penso que eu deveria seguir a carreira de atriz, pois assusto-me quando interpreto brilhantemente o papel de uma pessoa sem problemas e constantemente alegre.

Não irei me preocupar com palavras, preposições, verbos, ortografia, pronomes... poesia...

O telefone toca e em questão de segundos, recebo a notícia de que Netto se foi para nunca mais voltar. Dele foram tirados os sonhos, as lembranças, perspectivas para um futuro onde a paz imperaria (...) dele foi tirada a vida.

Ressalto que covardemente foi tirada a vida de um jovem rapaz que bravamente foi construindo seu presente e que por obra do (?) destino (?), não pode viver um futuro que a me ver, soava tão bem...

As imagens das botas de combate do tão querido Netto me vêm à mente constantemente, são tão impertinentes que realmente gostaria de esquecê-las por algum tempo, pois parecem perseguir-me.

Focarei minha revolta, com a utilização de palavras de baixo calão, se me permitem, ao descaso, a ganância e ao poder.

Engana-se você que está pensando que irei criticar o governo, a polícia ou aos bandidos que assassinaram Netto.

Hoje venho lamentar o descaso, a ganância e o poder da REDE GLOBO DE TELEVISÃO.

Em ritmo de Copa do Mundo, na semana que antecederia a abertura dos jogos, NADA poderia atrapalhar a MARAVILHOSA COBERTURA que o programa FANTÁSTICO dedicaria ao extraordinário acontecimento. E assim, como pré-estabelecido, o programa prosseguiu sem imprevistos.

Notícias relacionadas aos jogadores da seleção brasileira, curiosidades extremamente relevantes ao conhecimento público como alimentos que jogadores e comissão técnica iriam comer, hotéis com diárias exorbitantes, lojas que os mesmos iriam freqüentar, blá, blá, blá. Assim seguiu como o combinado o programa que tem como principal função INFORMAR. (piada)

Interrompendo, não no sentindo de obstruir ou cessar alguma necessária reportagem sobre a Copa do Mundo, apenas mixada com mais algumas notícias de baixa relevância, foi noticiado o assassinato de Netto. Sem comentários, sem fotos, sem imagem de shows.

A Globo não teria se dado conta de que havia morrido o guitarrista do grupo que fez diversas participações em programas da emissora e que consequentemente elevou ibopes?

Ingênua pergunta (...)

Em um mundo onde o dinheiro impera, uma vida não pode ser comercializada, assim diz no papel, porém sabemos que vidas são contrabandeadas, assim como notícias são manipuladas.

Impressionante perceber o descaso que a emissora tratou o caso. Friamente foi passada a matéria, em seguida veio o intervalo, e todas as propagandas, novamente relacionadas à overdose da Copa do Mundo nas publicidades, sabe, estrategicamente bem colocadas... só para quebrar o clima ruim que certamente uma manchete como essa causaria nos telespectadores.

Em seguida, de volta as notícias de entretenimento, quero dizer, responsabilidade e necessidade nacional (...) “Chuteira de 1 milhão de dólares que Ronaldinho irá usar durante o primeiro jogo do Brasil”. (...)

Nada poderia atrapalhar o planejado, NADA.
Nem mesmo a morte ocasionada pela MALDITA DESIGUALDADE SOCIAL QUE DOMINA ESSE PAÍS DE MERDA.

(...)

Engraçado, o Jornal Nacional durante a época da ditadura, por diversas vezes foi obrigado a exibir no lugar das matérias censuradas, receitas de bolos, receitas de pães, enfim, receitas...

Para não ir adiante a minhas constatações, prefiro censurar meus pensamentos e enterrar aqui todo meu sentimento composto pela mistura de ódio, indignação e tristeza.

Assim termino apenas relembrando que momentos bons são facilmente substituídos por catástrofes ou mesmo por pequenos incidentes.

Logo, volto a dizer (...)

O descaso, a ganância e o poder, reinaram naquele triste domingo de primavera, onde botas de combates foram aposentadas e irão de certa forma ser lembradas para sempre.

Monday, June 12, 2006

Hello Stranger (...)

Eu jah havia escrito essa historiazinha... porém resolvi posta-la somente hj ...
Me deu vontade...
Só sei que lendo sobre grandes amores, me inspirei e resolvi postar esse texto que sei lah ... acho ele bem realista!

É isso ... dia dos namorados hj ...
Diazinho confuso ... nem sei mais de nada ....
Só sei que comi muita trufa ¬¬





A sua procura

Durante mais uma volta para casa, na solidão momentânea e voluntária de um assento de ônibus, resolvi aventurar-me na criação de uma história, aventura-me em uma das mais fascinantes invenções conquistadas pelo homem que foi a de juntar palavras e delas revelar entre outros, desejos, pensamentos, idéias, segredos...

O que eu realmente procurava era uma solução... Para esse que eu resolvi chamar de “atordoante problema”.

Meu texto era para ser uma crônica, meio caidinha ainda, pelo fato de eu ser leiga na construção de crônicas, mas nada como tentativas para chegar à perfeição. Enfim, rascunhei centenas de palavras, e nelas encontrei significados, embora eu ainda estivesse procurando a sonhada solução.

Na descrição de um menino, viajei por nunca imaginados pensamentos.
Contava a historia de um garoto “Boy” nome inspirado no filme “honra e liberdade”. Boy sofria de amor, culpava a vida por tê-lo iludido. Seu tempo parou, perdeu o interesse por simples e complexas oportunidades que a vida lhe oferecia.

Sem motivo aparente ou relevante, perdi o interesse por minha história, talvez fosse triste demais termina-la. Arranquei a folha, dobrei e guardei-a entre as folhas fixas de meu caderno.

Dias passaram-se, resolvi, em um momento de inspiração, retomar de onde parei a crônica sobre “meu boy”.

Por obra do destino, quem sabe para o bem tanto do protagonista quanto para o bem da autora ou simplesmente para manter o mistério... a “aspirante crônica” sumiu de meu caderno, como passe de mágicas ou obra de ET’s em mais uma história de abduções.

O final da história ficou em aberto...

Penso que cabe a ele decidir seu próprio destino... porque na real ... nessa história, sou apenas uma coadjuvante almejando ao papel de protagonista.

Quando eu achar a crônica, se é que vou achar... irei coloca-la em minha caixinha de dead letter, caixinha batizada com esse nome pelo fato de ser a única que guarda nela todas as palavras e frases que um dia eu estruturei em textos e cartas, e por alguns motivos, nunca pude entrega-las a seus respectivos destinatários.

(...) Ah, o Boy seu caminho seguiu... pelo menos em meus pensamentos.

Wednesday, May 31, 2006

Velotrol ???

É alarmante perceber como a intromissão de determinadas palavras, sendo elas intrusas ou não em uma oratória levam ao estranhamento individual. Sendo esse acontecimento cansativamente repetido todos os dias, não temos mais habilidades para discernir sobre quais são as reais e simbólicas necessidades humanas.

Assim como uma simples palavras tornam uma inofensiva conversa em temas de discussões, teorias mirabolantes sobre conspirações e que algumas vezes a proporção que determinada palavra toma é tamanha, que é melhor simplesmente, encontrar um sinônimo para evitar maiores conflitos.

A palavra velotrol, por exemplo, palavrazinha essencial no vocabulário de milhares de crianças espalhadas pelo Brasil afora. Porém causou extremo espanto quando pronunciado na presença de Cat, garota possuidora de ilimitada cultura, porém até onde pude julgar desprovida de infância. Após explicações, mímicas entre outras tentativas para não restarem dúvidas sobre a procedência, fabricação e utilização no objeto, a complexa palavra foi “coisificada” e instantaneamente lembrada na mente de Cat que com ar de alívio retrucou a esforçada explicação: -- Ahh, é aquela mini bicicleta de 3 rodas.
Logo pensei “que descaso para com um nomezinho tão lindinho” (velotrol).

Lembro-me de outro episódio onde deslumbrada com minha habilidade de administrar a árdua tarefa de abrir a ventilação do ônibus, aquela que fica bem acima da cabeça do passageiro, logo anexo ao teto, do lado da luz, onde os dizeres: ABRIR/OPEN se destacam sabe!?

Admirada com as descobertas que Cat adquiria e assimilava a cada dia, passei a refletir sobre o que levava uma menina tão inteligente ao não questionamento, a se isolar do novo, a falta de interesse e consequentemente a falta de informações básicas que isso lhe acarretaria, isso sem subestimar a capacidade imaginativa de nossa personagem.

Individualismo, descaso para com futilidades a seu modo de perceber e integrar determinadas coisas em sua vida, medo da mesmice, necessidade de não ser apenas mais uma nesse mar de pessoas iguais em gostos, maneiras e conhecimentos, medo, insegurança, foram algumas das possibilidades que imaginei durante minhas concisas reflexões sobre o caso de Cat e sua falta de curiosidade.

Posso me lembrar perfeitamente quando de seus lábios pude ouvir e aprender os seguintes dizeres: -- “A curiosidade matou o gato e a satisfação o trouxe de volta”. Abismada em saber que o ditado não terminava quando o gato havia sido morto, pude então perceber que realmente, o que é de interesse global, aos olhos de Cat, não passam de futilidades. Pude também constatar que não está intrínseco em sua pessoa ser indagadora e inclinada para questionar o que já está pré-estabelecido.

Talvez o medo do novo e o medo da quebra da rotina levaram Cat a simplesmente ficar estática através da vida que segue desenfreadamente, deixando assim o conformismo se instalar.
Menina singular, que encanta por sua sabedoria excêntrica, extremamente voltada a uma realidade em que talvez sonhe viver. Destruidora de alguns pobres corações que por tantas vezes buscaram dos lábios de Cat palavras de afeto, que em seus olhos estavam estampadas e que se vistas de perto, poderiam até ser ouvidas de tão aparentes que estavam em seu olhar, porém em sinal de medo, não as soube pronunciar.

Usurpando de uma xenofobia impar, Cat leva sua vida sonhando encontrar uma fada madrinha para libertá-la dessa aversão ao novo, de todo esse medo, desse mundinho o qual vive. Seria essa fada madrinha sua grande heroína para fazer com que o interesse de Cat fosse despertado e assim passasse a questionar a realidade?

Se Cat é feliz? Muito e a cada dia se apega mais e mais nas lembranças de um tempo onde velotrol não tinha nome específico, apenas era conhecido como bicicleta de 3 rodas.

Monday, May 22, 2006

Wonder years

É....
Hoje, 20:00 da noite, assistindo Anos Incríveis, por coincidência, assisti ao último episódio da série. Final feliz?! Assim como na vida real, o final foi REAL. Kevin não viveu feliz para sempre com Winnei, seu grande herói, morreu, sua vida tomou rumo totalmente diferente do que ele mesmo sonhou.

Sabe um lugar que eu odeio de paixão... Odeio entrar em loja de CD. Eu desenvolvo um sentimento instantâneo e incontrolável que acho que não consigo traduzir em palavras. Sinto-me impotente, sinto que onde estou não é meu lugar, sinto que uma das melhores oportunidades de minha vida já passou, e a burra aqui não soube tirar proveito para o futuro, apenas aproveitou o presente (assim como tantos que ficam me falando, que o presente é hoje, o futuro, ahh o futuro deixa pra depois).

Refletindo sobre as sábias, puras, ingênuas e sinceras palavras de Kevin Arnold, senti uma imensurável e inexplicável vontade de escrever sobre meu passado. Sobre os fantasmas, sobre os amores, sobre as paisagens, sobre as cidades, sobre os amigos e inimigos que conquistei pelo breve, porém intensamente vivido caminho até hoje.
Baseando-me no fato de eu ter apenas 22 anos de idade, sei que serei plausivelmente julgada como inexperiente e sem bagagem alguma para compartilhar, porém, aproveitando da fama de incapaz e volúvel de aspirante a adulto, posso então despejar “baboseiras”, assim como todo projeto a adulto faz. Mas não farei mais isso... não teria mais sentido.

Como o Kevin disse uma vez... não temos idade para “votar” porém ao mesmo tempo temos idade para sairmos de nosso país e matar pessoas nos países delas.

Complicado poder contar com alguém que disse que sempre poderia contar com ela, sendo que hoje, ela está tão longe.. so far away =/

Vou deixar a porta do meu quarto aberta caso você queira voltar...
Sei que nunca vai voltar
Nem mais entre nós você está.
Porcaria de saudade
Palavrazinha cruel
Sentimento [...]

Ainda to procurando a tão sonhada fórmula do amor.
O dia de hoje em nada se conecta ao de amanhã.
Não tem nexo!
Inclusão ... bullshit!
Every little thing I do ... Never seems enough 4 u.
Será?
Não te mereço […]
Você bem, eu bem.
Eu não sei ... pergunta pra Evelyn que ela sabe!
Vamos caçar corruptos Lalá??
A gente podia viver pra sempre né?
Thousand miles
Tá na cara que você não me esqueceu. Tá na cara que o seu amor sou eu!
Foi a Carol
Carol?? [ I miss u’re voice, miss the way u talk].
Brown eye girl.
Respondendo sua pergunta,
Sempre que possível deixe alguém na dúvida co-relacionada a você, é um jeito simples de deixar a pessoa pensando em você!
It’s not suppose to hurt this way, I need I need more and more each day.
Chora, pode chorar.
A Ivone nunca sabe nada.
Vai ter panqueca da Tia Cecília?
S2
Amigas para sempre
Sexta feira tem UPA na igreja!
Chris
Close but no cigar
HANSON
Por te amar assim…
O que eu to fazendo aqui?
Best babysitter ever
Eu te amo. (tantas vezes em pensamento).
Na maioria das vezes... apenas um abraço resolve.

Assim posso expor retalhos de minha vida de um modo menos cansativo.
Tantas e tantas vezes tive meu coraçãozinho quebrado em milhões de pedaços. Mas teve uma vez que quebrou pra valer, dessa vez não escapei.... falta mesmo um pedaço, e dos grandes.


... Hoje percebo que foram mesmo... anos incríveis !

Tuesday, May 09, 2006

Sala de aula

Tarde de Sol, o pequeno, se tratando de estatura, porém grande tratando-se de sua força de vontade, Bag Trip encontra-se fechado entre quatro paredes, dentro de uma fria, cheia de maus fluidos e sombria sala de aula. Vigiado pelo olhar atento de Iv, seu professor de Ética e Cidadania e cercado por colegas que por ele apenas sentiam inveja, despeito e medo.

Medo de seu passado oculto, porém comentado, medo de seu futuro incerto, não se sabia até onde Bag poderia chegar para alcançar seus objetivos, e obviamente, medo especialmente do presente, pois cada um desses alunos estava inserido no presente de Bag.

O despeito gradativamente surgiu devido à insatisfação de perceber que Bag era extremamente bem visto e admirado por todos os outros que naquela sala não estavam.

Seria estranho a inveja não ser ponto crucial nesse relato. Porém sobre a inveja, falaremos outro dia, melhor deixar subentendido.

Naquela quinta-feira de Sol, Bag esbanjando saúde e alegria, resolveu expor algumas de suas idéias, que impreterivelmente eram SEMPRE expostas apenas no papel em relatos secretos. Bag não precisava da aprovação de ninguém, sempre soube que o que ele fazia, fazia muito bem e sua segurança dispensava comentários alheios. Porém nessa fatídica tarde de Sol, Bag resolveu se pronunciar.

O professor Iv, um ditador autoritário e intolerante, aos olhos de Bag, em mais uma de suas aulas, extremamente dispensáveis, novamente na visão de Bag, apresentou e divulgou aos alunos o significado da palavra Ignorância e suas variações.

Todos atentos a explicação.

Iv exemplificando o significado da palavra ignorante apontou para Bag. Comparou assim em alto e bom tom que; Bag era ignorante em relação à Robby que era a aluna nota 10 da classe, enquanto Bag, desinteressado pela matéria, mantinha-se na média, com notas que nunca excediam 6.

Surpreso com tal agressão, Bag levantou educadamente a mão e pediu para falar.
Iv, surpresa com tal intromissão, concedeu-o a palavra subestimando qualquer tipo de retaliação.

Bag, com voz tremula e num tom respeitoso, alegou pensar que ignorância era sinônimo a um ato que Iv havia cometido anteriormente, no dia em que Iv e Bag se encontraram pela primeira vez. Logo Iv seria ignorante.

Flash back sobre esse infortúnio acontecimento:
O primeiro encontro de Bag e Iv se deu em uma feira de ciências, onde Iv expôs sua tartaruga Zoe, para os alunos aprenderem sobre a vida das tartarugas, alimentação, meio de vida, habitat, curiosidades. Porém Iv apenas maltratava e agredia a tartaruga com palavras, alegando o “bicho” ser apenas um vegetal, do tipo não serve pra nada, reclamava que o “bicho” não abana o “rabo”, não emite som, nem correr, o pobre bichinho corria. Com o apelido de imprestável, Zoe foi batizada por Iv.
Bag indignado com tal agressão, uma vez que simpatizou de início, mas nem tanto assim, com a tartaruga, passou a alimentar uma pequena mágoa pelo professor Iv.

Flash Back revisto, voltando a sala de aula, Bag, contou a classe que ignorância foi o que o professor havia feito com a pobre Zoe, que incapaz de se defender, foi insultada, humilhada e de certo modo, rejeitada.

Consciente de cada palavra pronunciada, Bag continuou afirmando que se o professor realmente procurava companhia para suprir sua evidente solidão, deveria sim ter adotado um animal de estimação, porém a escolha deveria ter sido no mínimo um pouco mais astuta, pois até os mais novinhos sabem que tartaruga não corre pelo quintal atrás de um osso, ou coisa parecida.

Diante de todos, Bag desmoralizou o professor, que ruborizado de raiva, com passos precisos e impetuosos, rumou em direção de Bag e em um único, porém preciso movimento de braço em conjunto com mão, mirou a face de Bag e deu-lhe um tapa na face.

Desacreditado do que acabará de acontecer, Bag, dando um passo para trás, em um tom sereno, virando-se para a classe, disse:
-- A agressão física também resume a ignorância humana, quando faltam verbos e argumentos, pessoas desprovidas tanto de educação quanto de inteligência, partem para a tão famosa e discutida ignorância.

Bag sentou-se, engoliu o choro, pois a dor de te sido maltratado e humilhado gratuitamente era tamanha que não teve forças para levar adiante uma possível discussão. Em sinal de nobreza, resolveu permanecer na sala até o termino da aula, que parecia interminável. Iv continuou sua aula pretendendo passar a imagem que seu orgulho não havia sido abalado.

Bag pode ouvir após a aula, comentários confusos, porém sonoros, sobre o acontecimento. Pela primeira vez todos os seus colegas, sem exceção haviam tomado partido, e revoltados com a falta de dignidade do professor, se uniram à Bag.

De toda essa historia Bag não guarda rancor, apenas sente pesar pelo professor, que para suprir sua solidão, adotou erroneamente uma pobre tartaruga, incapaz de demonstrar reação.

Ao chegar em casa, Iv depara-se com uma cena até então surreal. Zoe, através de uma escavação gradativa e sem pressa, escavou no quintal um buraco abaixo da cerca que divide a casa do professor com seu vizinho. Escapou calmamente. Simbolicamente, Zoe deu seu grito de independência conquistando assim sua carta de alforria.

Estático com tamanha petulância, Iv, após visitar centenas de casa de menores, deu entrada ao papeis para adoção de uma criança. Pelo menos a criança deveria esboçar reações, para quem sabe suprir a solidão impertinente que tanto rondava a vida de Iv.

Quem foi que disse que em relatos o autor tem que ser impessoal?

=P

Lita

Friday, May 05, 2006

Sexta-feira dia de.... dar risada ! Muita risada

-- Sumiu!!
-- Como sumiu!?!?
-- Foi Abduzido!
-- Tá louca guria???
-- Tô te falando... foi ABDUZIDO !!
-- Procura direito! TEM QUE ESTAR POR AKI!!! Em algum lugar TEM QUE ESTAR!!

Foi nesse clima de esconde-esconde que duas loucas desvairadas, na frente do Jornal Independente, em Meia Praia - Itapema, "começaram" mais uma de suas inusitadas aventuras...
Para quem não acompanhou o extinto Trapt, em síntese vou facilitar para uma melhor e mais fácil compreensão.
CAROLINA... (não é necessário escreve meu sobrenome) é:
- Pagadora OFICIAL (brasileira e internacional) de MICOS
- Caçadora de aventuras
- Promoter no quesito “Programa de Índio”
- e por último... Cara de pau o suficiente para convocar, muitas vezes intimar, mas isso não vem ao caso, pessoas para se aventurarem com ela.

Pois bem, visto e revisto, começo a narrativa de mais um fato, daqueles que tu vê ou ouve alguém contar, tenta imaginar a cena, mas não adianta... a coisa lhe parece ABSURDA, SURREAL!

Personagens principais e únicos da História:
Ana e Eu (Ana Amélia e Carol_lita)

Sexta-feira, dia de... ENTREVISTA NO JORNAL INDEPENDENTE... Rumamos assim para o jornal.
Fato curioso: Fomos de Bicicleta, diria assim uma legítima “Old Fashion”, daquelas que nem brake tem, devia ter pelos menos uns 25 aninhos de vida útil. Desfilando na cor roxa (cor TOP nos anos 80), seguimos pela ciclovia, não tão discretas como gostaria porque tive que me render aos meus até então oprimidos gritos. Segui berrando Avenida abaixo, pois a segurança que Senhora Ana passava enquanto dirigia atentamente a Bike, foi impressionante. Ciclista nenhum ousou nos ultrapassar... Tahhhh tudo bem... não foram tantas assim, uns nos passaram (quase TODOS) outros, mais conscientes e preocupados com o risco de nos ultrapassar, resolveram apenas nos observar... de LONGE... BEM LONGE =) E Ana sem entender o porquê dessa distância. (?)

Nossa chegada pelo menos foi discreta. Isso por que para atravessar as ruas, tínhamos que descer e empurrar a Bike, porque segura de que os carros seriam mais rápidos e ágeis que ela, Ana e eu entramos num consenso, para evitar futuros acidentes. (Uma vez que estou sem convenio médico, eita Lula-lá pra.... ) (...) Realmente falta nariz de palhaço para colocar no nariz de cada cidadão brasileiro...

A entrevista rolou naturalmente, Dona Kika nos atendeu atenciosamente. Nenhum fato relevante.

Na saída, Ana pede um break para fumar, sentou no degrau, eu sentei na calçada. Aproveitei e fui responder minhas mensagens recebidas durante a entrevista. Pronto, tudo certo...
Jeitosa que nem uma pessoa que eu conheço bem (EVELYN), Dona Ana derruba seu celular. A sonoridade foi tamanha que achei que não restaria nem uma tecla para contar a história... E não é que eu estava certa??
-- Carol, cadê os números?
-- Que números??
-- Do meu teclado! Sumiram os números do meu teclado.
-- Sumiram!!??
-- Como sumiu, como que sumiu Carol!?!? Caiu bem diante de nossos olhos!!!
-- Foi Abduzido!
-- Ta louca guria???
-- Tô te falando... foi ABDUZIDO !!
-- Procura direito! TEM QUE ESTAR POR AKI!!! Em algum lugar TEM QUE ESTAR!!

6 minutos depoiss, bolsas reviradas, documentos, cadernos, batons, entre outros acessórios somente encontrados em bolsa de mulher, todos jogados no chão... eis que

-- ACHEI!!
-- Onde estava Carol??
-- Bem aki no meu pé!!

E realmente estava. Não nos atentamos ao detalhe de que o teclado era transparente (nem número tinha mais, só para combinar com a bicicleta moderna da Ana) então, os números eram transparentes, fikaram da cor do piso da calçada, e estava ali, bem no meu pé, no alcance tanto de meus olhos quanto de minhas mãos.
Pegamos o teclado invisível. Ana montou seu celular e num tom de mãe quando reencontra seu filho que em questão de segundos se perde no meio de um shopping lotado, disse:
-- Ah safadinho, achou que ia se livrar assim de mim?
Deu um suspiro de alívio, montou na bike, eu na garupa, e fomos embora.

Pensou que tivesse acabado???
NEMMM... achei R$2,00 na rua, acho que como prêmio por ter devolvido o sorriso aos lábios e semblante de Ana Amélia.

Na volta aquela coisa, conversas engraçadas, consequentemente risadas, fechadas nos ciclistas desavisados que não sabiam que Ana Amélia estava a solta dirigindo sua super bike. Eu, na minha humilde posição de co-pilota, me encarreguei de dar a seta com as mãos, mandar uns passarem, advertir sobre os perigos para alguns que se aproximavam demais (desavisados).
Me encarreguei também de pedir desculpas pelas inusitadas manobras de Dona Ana Amélia, que enquanto eu me desculpava, ela se empenhava para fazer novos amigos no Transito de bikes de Itapema.

Cheguei sã e salva em casa, tanto que relato aki meu dia, muito bom por sinal.

Wednesday, April 26, 2006

Então ... cá estou eu 23:43 de cabelo molhado, cara de sono, pijama amarelo com lua cinza (belíssima combinação) e pra completar com o Brownish a tira colo, meu companheiro de insônias e madrugadas a dentro diria assim =)

Dia bemmm interessante foi o de hoje, acreditem vcs que fomos eu + dona Cecília que está de niver hj, diga-se de passagem, ao Fórum de Itapema. Felizes da vida, com akela satisfação de cumprimento de dever... Ahh fomos transferir o título de eleitor. Chegando lá ... nossa breve porém satisfatória alegria chegou ao fim. Sabe quando nuvens se fecham diante de seus olhos, e cai akela chuva... logo depois de tu ter feito chapinha obviamente. Futilidade de lado ... voltemos ao Fórum ... Cara ... nos deparamos com uma fila quilométrica ! Aff ....

O jeito foi ser bem esperta e entrar na fila rapidinho ... pq até onde eu sei ... A FILA ANDA !
Bom, tudo bem ... percebemos que ao contrário do que AFIRMEI aí em cima ... essa fila em específico cismou em NÃO COLABORAR. Estagnada, resolveu apenas ir dobrando de tamanho....

Conversa vai, conversa vem, quando dei por mim, já havia um fã clube formado ao redor de Dona Cecília ... hehehehe tenho por quem puxar vai falar !? HÁ HÁ HÁ
Pois bem ... demos altas risadas ,,, porém minha cabeça não desligava do texto que eu teria que fazer para postar no site da minha universidade. O texto sobre a Cidade dos SONHOS e NÃO ANJOSSSS ... teria que ser postado até 24:00 e adianto-me dizendo que o fiz com louvor hehehe a TEMPO eu quis dizer !! Não to me achando hehehe dizendo que meu texto tenho fikado perfeito ou coisa do tipo ... longe de mim .. modesta que só eu ... ai ai

Como também podem perceber ... estou de ótimo humor hj... as coisas renderam ... exceto o 9 de média que fikei em Sociologia ... putzz ... 9 =/ Enfim ... onde eu estava !??! Ahh Fórum, Itapema, fâ clube ...

Após a minha humilde sugestão de darmos um FIM na estagiária que na real era FISCAL da zona eleitoral, minha idéia foi muito bem aceita perante os companheiros, uma vez que a tal “estagiária” saia caçando velhinhos ( NADA CONTRA ) pq sei que um dia serei um deles, mas faltava ordem ... 2 guichês apenas e por aí vai ... enfim ... ela caçava ... os colocava na frente da fila e tal ... A ideia foi até que boa, porém sua execução seria impossível, uma vez que estávamos no FÓRUM !! he
Nosso reboliço, risadas, bate boca, venda e empréstimo CLANDESTINO de filhos para furarem fila, operado POR UM IDIOTA MOR, tudo de uma certa forma nos entreteu durantes as sofridas 4 horas que passamos lá! Isso vcs leram bem 4 HORAS !!

Saindo de lá ... deparo-me com uma surpresa acá. Vou me abster de comentários, apenas direi que foi surpreendente e cute .... muitoo cute ... just like him !
Well .... é isso ... meu cabelo jah tah seco ... hora de dormir ....

Fuii ....

PS: Contando meu dia assim, clarooo que me lembro do Frank, Vi e Larissa, meus três companheiros fieis de Trapt .... Quem sabe esse não engrena tb !?
PS1: Acho que os ~~ irão sair agora neh Tio ?!!? hahaha posso escrever Pão, João ! =P

Friday, April 21, 2006

Engraçado

2:00 hs da manha em ponto.Eu aki discutindo relacionamento via MSN ... a preguiça para trocar de roupa e descer para que assim pudessemos discutir cara a cara venceu minha força de vontade.Impressionante como a comodidade e a facilidade destroem nossas vidas de maneira meticulosa.

Resolvi criar esse blog ... nao sei .... talvéz para suprir a falta que o antigo e extinto "trapt" me causa.
Também nao sei exatamente o que irei postar aki ... nem sei se vou realmente me dedicar a ele, ultimamente sao raras as coisas que começo e termino !
Minha vida anda tomando rumos estranhos, fico pensando pra onde foi aquela menina determinada, com sede de viver cada momento... queria muito saber pra onde ela foi ! Is she dead ?! Dead in the inside !? Perhaps

Engraçado também foi eu ter criado justamente esse blog aki nesse hospedeiro ... coisas da vida ... nada intenciaonal, naturalmente!

Tô com vontade de escrever, porém algo me impede ... talvéz o sono, talvéz culpa, talvéz medo ...
"Medo" palavrinha que ultimamente tem feito parte de meu vocabulário, diga-se de passagem, muito mais que eu gostaria.

A comparaçao eh inevitável ... dificilmente publicarei as histórias que invento nesse blog.Também serao poucos que por aki irao passar e menor ainda será o número de pessoas que realmente irao entender o que quero dizer com minhas confusas palavras.

É isso ... cansei ... palavra chave do dia

Just wake me when it's over,
When the curtains raise,
It's time to move on.
Exit now, credits rolling,
The girl who stole my heart.
The one that got away...


--> Hawthorne heights --> Screenwriting and Apology